Quando foi apresentada, em fevereiro de 2010, em Bariloche, na Argentina, a maior crítica que se fazia à picape era o uso de um câmbio manual em vez de um automático. Esse seria o calcanhar de aquiles da picape média. Em compensação, ela tinha um comportamento dinâmico digno de o de um automóvel. Era, como se dizia na época, uma picape para quem não gostava de ter a sensação de dirigir um caminhão. Mal se sabia que o Dieselgate estava por vir. E que o único modelo da Volkswagen no Brasil envolvido com o escândalo seria a Amarok. No exterior, a solução para limpar a barra da picape foi a adoção do motor V6 3.0 no lugar do 2.0 de 4 cilindros. Por aqui, onde a fraude rendeu à Volkswagen uma multa de R$ 1.092.648.000, por danos morais, a 17.057 proprietários da picape afetados pelo problema, a V6 será exclusividade da versão mais cara do modelo. E custará R$ 184.990, mesmo valor da pré-venda de 450 unidades, que foi esgotada.
A Amarok V6 Highline tem à disposição 225 cv a 4.000 rpm (com overboost de 20 cv) e 56,1 kgfm entre 1.500 rpm e 2.500 rpm. Sempre com a tração 4Motion, três diferenciais (dianteiro, traseiro e central) e câmbio automático de 8 marchas (com o qual ela deveria ter sido lançada, aliás). Ela é a picape mais potente e torcuda do nosso mercado. Além disso, ela vem com bancos com regulagem elétrica para motorista e passageiro do banco da frente, central multimídia, ar-condicionado bizona, câmera de ré, controlador de velocidade, freios traseiros a disco, ventilados, e faróis de xenônio. Nós já andamos com ela. Confira nessa sexta nossa Primeira Volta com a nova motorização da picape da Volkswagen.