Quando cravamos que o Corolla seria o primeiro híbrido flex do mundo, em dezembro do ano passado, muita gente achou arriscado. Afinal de contas, o Prius também poderia acabar sendo fabricado no Brasil. Pois nesta quarta (16), a lógica da indústria automotiva prevaleceu e a Toyota oficializou o que já sabíamos. O anúncio do Corolla como o primeiro híbrido flex do mundo foi feito no Palácio dos Bandeirantes ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, pelo presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang.
Além de louvar a tecnologia aplicada ao veículo, Doria também revelou quando ele será lançado no mercado brasileiro no vídeo abaixo, divulgado pelo governo de São Paulo. Será em outubro. Outra coisa que o vídeo mostra, se você não quiser ficar ouvindo discursos, é a traseira da nova geração do sedã. Já com o emblema "Hybrid". A partir dos 2:45 e por apenas alguns instantes, mas o suficiente para mostrar que o desenvolvimento está nos finalmentes.
O novo Corolla terá 4,64 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,43 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Na versão Hybrid, ele terá exatamente o mesmo conjunto mecânico do Prius, com o motor 1.8 em vez do novo 2.0 Dynamic Force. Resta apenas saber quanto mais de potência o 1.8 Atkinson gerará em relação ao movido apenas a gasolina. Hoje, o Prius entrega 98 cv a 5.200 rpm e 14,2 kgfm a 3.600 rpm, algo que certamente aumentará com o uso de etanol.
A vantagem de ter um híbrido flex é que ele pode usar um combustível renovável, que não aumenta o nível de carbono da atmosfera, como os combustíveis fósseis. Isso fará do Corolla Hybrid Flex um dos modelos mais limpos do mundo quando ele escolher o etanol em vez da gasolina.
Em outubro, saberemos quanto o modelo cobrará por essa limpeza toda, mas será um valor provavelmente próximo do cobrado hoje pelo Prius, hoje em R$ 125.450. O Corolla mais caro, o Altis, sai por R$ 118.990. Das duas, uma: ou o Prius aumenta de preço, e vem apenas em uma versão mais sofisticada, ou o novo Corolla mata o modelo exclusivamente híbrido da Toyota. Vejamos como a marca resolverá esse problema.