O Fiat Prêmio foi primeiro sedã da montadora. Baseado na geração inicial do Uno, foi fabricado no Brasil entre 1985 e 1994 no Polo Automotivo de Betim, em Minas Gerais, e teve grande relevância no mercado nacional.
TRAJETÓRIA
O modelo foi produzido no Polo Automotivo de Betim entre 1985 e 1994 e trouxe inovações para o mercado nacional.
1985 – Lançamento do Fiat Prêmio
Ele foi lançado para substituir o Fiat Oggi com uma configuração de duas portas, característica típica dos carros daquele período. A Fiat tinha como objetivo atrair consumidores que buscavam um veículo com amplo espaço interno e um porta-malas generoso, com um preço acessível e de uma mecânica já consagrada. Dessa forma, o Prêmio rapidamente conquistou uma posição de destaque no mercado nacional, especialmente entre aqueles que valorizavam os 530 litros de capacidade de porta-malas.
Inicialmente ele veio com duas versões. A S, a mais básica, vinha com motor 1.3 Fiasa e com o opcional do câmbio de 5 marchas. Já a mais completa, a CS, vinha com o motor 1.5 Sevel e melhor acabamento, volante espumado, retrovisor com comando interno, ar quente, conta-giros, check control e câmbio de 5 velocidades. Como opcional para ambas versões, tinha o retrovisor do lado direito, vidros elétricos e interior monocromático.
Além disso, o modelo veio com um computador de bordo moderno, um item até então inédito no Brasil. Ele vinha com as seguintes funções:
Média de quilômetros por litro
Quilômetro por litro instantâneo
Média de quilômetros por litro
Litros de combustível consumidos
Quilômetros percorridos
Autonomia
Quilômetros por litro para autonomia
Velocidade média
Cronômetro/hora e data
1987 – Lançamento da versão CLS
Em 1987, a Fiat apresentou a versão CLS com quatro portas, uma inovação marcante naquele tempo. Além dessa mudança, o modelo recebeu itens de conforto pouco comuns em veículos dessa categoria na época como ar-condicionado, vidros elétricos e travas elétricas, tornando o carro ainda mais competitivo no mercado.
1988 – Uma versão para taxistas
Em 1988, foi lançada a versão S com motor 1.3 e quatro portas, voltada especialmente para taxistas. No ano seguinte, a configuração SL de quatro portas substituiu a S com a mesma carroceria. A SL 4P trazia as mesmas atualizações estéticas da CSL, incluindo o novo painel mais ergonômico.
1990 – Adeus, versão S
Já em 1990, a versão S de duas portas foi descontinuada, permanecendo apenas as versões CS de duas portas, SL e a nova CSL, que passou a contar com o motor argentino Sevel 1.6.
1991 – Facelift
Em 1991, o sedã da Fiat recebeu uma reestilização frontal, ganhando faróis mais finos e uma grade inédita. Além disso, as versões CS e SL deixaram de usar o motor 1.3, que foi substituído pelo 1.5 Fiasa, de melhor desempenho.
No ano de 1993, a linha Prêmio deixou de contar com a carroceria de duas portas e a versão SL foi descontinuada. As configurações CS 1.5 e CSL 1.6 passaram a contar com injeção monoponto, recebendo a denominação “i.e.”. Embora o motor Fiasa 1.5 tenha mantido a mesma potência e torque, ele proporcionava um desempenho aprimorado.
A produção do Fiat Prêmio no Brasil foi encerrada em 1994, com a retirada da versão CS e a oferta da CSL importada da Argentina, identificada como Duna 1.6 i.e, equipada exclusivamente com o motor 1.6 Sevel. Como Fiat Duna, há registros de 751 unidades fabricadas em 1994 e outras 101 em 1995. O modelo foi oficialmente descontinuado no Brasil em 1995.
Principais concorrentes:
Chevrolet Chevette
Volkswagen Voyage
Ford Verona
Significado das versões
S – Super
SL – Super Luxo
CS – Comfort Super
CSL – Comfort Super Luxo
Curiosidades
O Fiat Prêmio foi eleito pela Revista Auto Esporte o Carro do Ano de 1986.
Foram comercializadas aproximadamente 180 mil unidades do sedan da Fiat pelo Brasil. No lançamento foi promovido por uma campanha publicitária veiculada nos principais canais televisão da época. O comercial mostrava uma família sorridente passeando com um dálmata em um Fiat Prêmio. A propaganda teve grande repercussão, em parte por causa da trilha sonora escolhida: a mesma do filme francês Un homme et une femme (Um Homem, Uma Mulher), que estava em alta no Brasil naquele tempo. Além disso, a campanha usou o slogan “Um novo tempo, um novo carro”, uma variação do título do próprio filme, que também foi usado em propagandas impressas.