Quando o Defender saiu de linha, em janeiro de 2016, não demorou para empresários quererem a chance de continuar a produzir o mítico Land Rover. Quem foi mais longe nisso foi Jim Ratcliffe, dono da Ineos, uma gigante do setor químico. Ele propôs à Land Rover comprar o projeto. Diante da negativa da empresa, que já devia estar de olho na segunda geração, disse que faria um Defender todo seu. E que investiria até £ 250 milhões em uma fábrica no norte do Reino Unido para produzir o modelo em baixos volumes. Isso em julho de 2016. De lá para cá, Ratcliffe estabeleceu o que ele chama de Project Grenadier, criou um site oficial e fala-se que ele comprará a antiga fábrica de motores da Ford no País de Gales para produzir seu fora-de-estrada. Para dar força aos planos, a BMW anunciou oficialmente que será a fornecedora de motores para a Ineos Automotive Limited.
Segundo a fabricante alemã, o contrato envolve a venda de motores em volumes "de cinco dígitos", ou seja, de dezenas de milhares de motores por ano. Quando primeiro falou em números de produção, Ratcliffe pensava em cerca de 20 mil carros por ano, o que bate com a compra anual de motores da BMW. E garante à empresa o status de fabricante de baixos volumes, o que pode lhe render facilidades na homologação dos veículos. Considerando que ele quer igualar com o Grenadier a capacidade off-road de modelos como o Willys Jeep, o Land Rover Série 1 e o Toyota Land Cruiser J40, os modelos talvez emitam mais poluentes do que produtos de fabricantes modernos de altos volumes são autorizados a gerar.