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Primeira volta KBB - VW Polo Track mostra como seria uma evolução do Gol

Novo hatch de entrada agrada em dirigibilidade, mas tem interior simples e desempenho acanhado

O Volkswagen Gol saiu de linha após 42 anos de muita história no Brasil. Diferentemente da informação revelada a jornalistas argentinos há alguns anos, quando foi confirmada a produção de um novo carro de entrada a partir da plataforma MQB, a marca alemã simplesmente colocou uma versão mais básica do Polo no lugar do veterano que vendeu mais de 7 milhões de unidades no mercado brasileiro.

O Polo Track nada mais é que uma variante mais simples em termos visuais e de conteúdo do Polo. Embora seja um carro mais sofisticado que o Gol - devido à utilização de uma plataforma mais moderna, entre outros diferenciais construtivos - o novato estreia um pouco mais barato que o antecessor, que já passava dos R$ 80 mil nos seus últimos dias de vida.

Como é o Volkswagen Polo Track, o sucessor do Gol?

O Polo Track tem uma aparência simples como o próprio Gol. Diferentemente das demais versões do Polo, o modelo de entrada foi retocado apenas no para-choque dianteiro e na grade frontal, mantendo os mesmos faróis de antes da reestilização aplicada em meados de 2022.

Na traseira mudam apenas as lanternas, que são escurecidas, e o posicionamento do adesivo com a inscrição “Track” no meio da tampa do porta-malas ocupando o lugar do emblema com o nome do Polo. O para-choque recebeu um aplique preto fosco – nas demais versões a peça é totalmente pintada na cor do carro.

Por dentro, o Polo Track mantém o acabamento simples em plástico rígido, mas traz bancos revestidos de tecido cinza com costuras contrastantes alaranjadas. Num primeiro momento, o hatch sairá de fábrica equipado com o rádio Composition Touch com porta USB, volante multifuncional, computador de bordo e antena de teto. Posteriormente, esses itens serão oferecidos em um pacote opcional por aproximadamente R$ 900 extras.

Custando a partir de R$ 79.090, o Polo Track é equipado de série com o que se espera de um carro da sua faixa de preço: direção elétrica, ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico, airbags frontais e laterais, controles de estabilidade e tração, bloqueio eletrônico do diferencial, assistente de partida em rampa e rodas de aço de 15 polegadas com calotas escurecidas que parecem ter sido compradas em lojas de acessórios.

Tudo o que o Gol poderia ser

O Volkswagen Polo Track chega com a ingrata tarefa de substituir nada menos que o carro mais vendido do Brasil. Se depender de seus atributos técnicos, o novato assumirá tranquilamente o papel de modelo de entrada da Volks no país – afinal, a última geração do Gol era um projeto de 15 anos atrás.

Apesar da simplicidade da cabine e do visual mais “humilde” que o das demais versões, o Polo Track agrada mesmo onde não se vê. Ao volante, o hatch é superior ao Gol em dirigibilidade, segurança, nível de ruído, dinâmica e qualidade construtiva. A impressão é que sobra chassi para o motor MPI 1.0 flex aspirado de até 84 cv de potência e 10,3 kgfm de torque quando abastecido com etanol. Elogiar o preciso câmbio manual de cinco marchas da Volks é como chover no molhado, uma vez que nenhum concorrente tem engates tão certeiros e macios como a caixa que equipa o Polo Track.

Durante a apresentação do carro à imprensa, a Volkswagen enfatizou o trabalho que fez nas suspensões para que o Polo Track seja capaz de suportar as condições de rodagem do Brasil e, dessa forma, honrar a robustez que fez a fama do Gol ao longo de quatro décadas.

O hatch, de fato, apresentou comportamento exemplar ao rodar sobre asfalto esburacado, filtrando bem as imperfeições e em nenhum momento notamos batidas de batentes ou outro componente de suspensão. Na estrada, o Polo Track transmitiu confiança nas curvas, mesmo nos trechos mais travados do sinuoso percurso no qual seguimos até a simpática São Bento do Sapucaí, na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Motor 1.0 aspirado vai melhor na cidade

Mas foi nos trechos de subida da Serra da Mantiqueira que o Polo Track deixou claro que é um carro essencialmente urbano. Em vários momentos faltou fôlego ao motor 1.0 aspirado, que exigiu muitas reduções de marcha para manter o ritmo da viagem.

Nos trechos planos, o Polo Track se saiu bem melhor. A Volkswagen diz que o hatch acelera de 0 a 100 km/h na casa dos 13 segundos, mas durante as arrancadas nas saídas de pedágio tivemos a impressão de o Polo Track precisar de um pouco mais de tempo para atingir essa velocidade.

Após embalar e atingir a velocidade de cruzeiro de até 120 km/h, o Polo Track se mostrou bem acertado no que diz respeito ao conforto acústico. Mesmo com o motor trabalhando a 4.000 rpm, pouco se ouve do propulsor no interior da cabine.

Se o desempenho não é o ponto forte, ao menos o consumo de combustível corresponde à proposta de carro que chega para ser uma das referências em economia. Durante a avaliação, atingimos médias na casa dos 15 km/l com gasolina, mesmo rodando em vias de pista simples com trânsito travado e sem muita preocupação em poupar combustível, pois tivemos de fazer seguidas retomadas para ultrapassar caminhões que trafegavam lentamente no trajeto. Já o Inmetro informa que o Polo Track obteve médias de 13,5 km/l na cidade e de 15 km/l na estrada com gasolina no tanque.

Veredicto – Se o Polo Track será um sucessor à altura do Gol em números de venda, somente o tempo dirá. Mas nesse primeiro contato, o hatch provou ser um carro superior ao antecessor em praticamente todos os quesitos, uma vez que é oriundo de uma moderna plataforma que serve de base a diversos modelos do Grupo Volkswagen mundo afora. O desempenho modesto pode ser visto como um ponto fraco do compacto, mas é algo esperado para um carro voltado a cumprir tarefas mais urbanas com baixo consumo de combustível. Para quem prioriza a performance, existem as outras versões do Polo com motorização turbo.

Teste-drive a convite da Volkswagen

Ficha técnica Volkswagen Polo Track 1.0 MPI

Motor: dianteiro, transversal, três cilindros, 1.0 12V, aspirado, a etanol e gasolina
Potência: 77/84 cv a 6.450 rpm (gasolina/etanol)
Torque: 9,6/10,3 kgfm a 4.000/3.000 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão: manual de 5 marchas
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente McPherson
Suspensão traseira: eixo de torção
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: tambores com ABS e EBD
Pneus e rodas: 185/65 R15, aço com calotas
Dimensões: 4.079 mm de comprimento/ 1.751 mm de largura/ 1.471 mm de altura/ 2.566 mm de entre-eixos
Peso em ordem de marcha: 1.054 kg
Volume do porta-malas: 300 litros (padrão VDA)
Volume do tanque de combustível: 52 litros
Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,8/13,4 segundos (gasolina/etanol)
Velocidade máxima: 166/169 km/h (gasolina/etanol)
Retomada 80 a 120 km/h em 5ª marcha: 21,7/21,9 segundos (gasolina/etanol)

Consumo (Inmetro)
Ciclo urbano: 9,3 km/l/13,5 km/l (etanol/gasolina)
Ciclo estrada: 9,3 km/l/15 km/l (etanol/gasolina)
Combinado: 9,8/14,1 km/l (etanol/gasolina)

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