A BMW confirmou nesta segunda (21) dois dos maiores rumores sobre a 6ª geração do M5, a versão mais forte do Série 5. O primeiro, que pode soar quase sacrílego, é que ele será o primeiro M5 com tração nas quatro rodas. O segundo é que ele terá 600 cv. E uma coisa talvez explique a outra: um carro de 600 cv com tração apenas traseira talvez fosse traiçoeiro demais para o público do M5.
O M5 mais potente da história (até hoje) extrai seus 600 cv (entre 5.600 rpm e 6.700 rpm) de um motor V8 4.4 biturbo, o mesmo S63 que já exibia seu potencial no sedã da geração anterior, mas com mudanças expressivas, como novos turbocompressores, intercooler mais eficiente e injetores de combustível de maior pressão. Com isso, o torque também ficou assustador: 76,5 kgfm de 1.800 rpm a 5.600 rpm.
O novo M5 tem 4,97 m de comprimento, 1,90 m de largura, 1,47 m de altura e entre-eixos de 2,98 m. Ainda que tenha uma carroceria mais longa e o sistema de tração nas quatro rodas, que adiciona massa ao conjunto, o supersedã é mais leve que o anterior. São 1.855 kg contra 1.945 kg do anterior. Uma redução de 90 kg. Tanto pelo uso da plataforma CLAR, modular, que já serve ao Série 7 e será usada também no novo Série 3, quanto pelo teto de fibra de carbono. Que tem a vantagem adicional de reduzir o centro de massa do modelo.
Com essas especificações, o novo M5 vai de 0 a 100 km/h em 3,4 s, de 0 a 200 km/h em 11,1 s e atinge, com amarras eletrônicas, a máxima de 250 km/h. Sem elas, brinde do pacote M Driver, o M5 chega aos 305 km/h. Seria como ter um Porsche 911 Turbo S atual, mas com quatro portas e um porta malas de 530 litros. Algo que muitos pais de família com conta bancária polpuda podem querer levar para a garagem. Sorte deles!