O mercado brasileiro de motocicletas apresentou, em julho de 2025, uma recuperação após o desempenho forte de maio e junho. Foram emplacadas 193.165 unidades no mês, um aumento de 7,7% em relação às 179.358 motocicletas vendidas em junho, e uma alta significativa de 23,2% na comparação com julho de 2024, indicando continuidade na tendência de crescimento do setor.
No acumulado de janeiro a julho, o setor alcançou 1.222.483 emplacamentos, crescimento de 12,18% frente ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 1.089.745 unidades, segundo dados da Fenabrave. As motocicletas representam cerca de 40% dos veículos comercializados no semestre, mantendo-se como um dos pilares da indústria automotiva nacional.
O desempenho positivo reflete a busca por alternativas econômicas e eficientes de transporte, além da consolidação do segmento de entregas por motocicletas. Fatores como recuperação econômica e serviços de consórcio também têm impulsionado o mercado, apesar de desafios como restrição de crédito para modelos populares. A projeção para 2025 é recorde, com vendas podendo ultrapassar 2 milhões de unidades no ano.
Dinâmica de vendas e liderança de modelos
A liderança isolada continua nas mãos da Honda CG 160, que mesmo com leve retração em junho somou 39.039 unidades no mês. Na sequência aparecem Honda Biz 125 (23.192) e Honda Pop 110i (20.109), consolidando o domínio da marca japonesa nos volumes. A NXR 160 Bros manteve boa presença, apesar de queda mensal, enquanto a Mottu Sport 110i reforçou a presença de modelos voltados a serviços de mobilidade compartilhada. A Yamaha YBR 150 mantém bom ritmo, e a Honda PCX 160 consolida-se como a scooter favorita do país. Entre as dez mais, apenas a Honda CB 300F sofreu leve retração, ressaltando um quadro de expansão para nove dos dez modelos líderes.
Motocicletas elétricas
No primeiro semestre de 2025, foram licenciadas cerca de 5.416 motos elétricas, registrando um crescimento de aproximadamente 52,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A VMoto segue líder, com 2.402 unidades emplacadas, seguida pela GCX (666 unidades), Shineray (346), Watts (326) e Super Soco (250), confirmando um mercado em rápida diversificação. A expansão do segmento é impulsionada pelos benefícios ambientais, menores custos operacionais e o uso intenso nas áreas urbanas. No entanto, desafios como o preço elevado, infraestrutura de recarga ainda limitada e oferta restrita de modelos permanecem.
Até julho de 2025, a tendência de crescimento das motos elétricas se mantém, com o setor como um todo apresentando aumento nas vendas, totalizando mais de 1,2 milhão de motocicletas emplacadas (elétricas e a combustão). O mercado continua apostando em novas marcas e modelos, com destaque para a produção nacional, especialmente da Watts, que cresce e amplia sua presença.
Variação de Preço dos Veículos
Julho segue a tendência de alta nos preços de motocicletas 0 km, em média.
Motocicletas seminovas (com até 3 anos de uso) também seguiram tendência de aumento, demonstrada nos meses anteriores, fechando o mês com 0,24%, em média.
As motocicletas usadas (entre 4 e 10 anos de uso) também apresentaram tendência de aumento de preços, em média.
Sobre a Kelley Blue Book
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Referência em precificação no mercado automotivo norte-americano, a KBB está no Brasil desde outubro de 2017 com o site kbb.com.br. A sede da Kelley Blue Book é baseada em Irvine, Califórnia, e faz parte da Cox Automotive.
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