Depois de trazer veículos consagrados recentemente no segmento de 0 km, agora vamos falar de um modelo com um pouco mais de história no Brasil. Trata-se do Honda Fit, que teve uma nova geração apresentada no Japão, mas só deve chegar por aqui no final de 2020, durante o Salão do Automóvel de São Paulo.
Aliás, a nova geração retoma o visual mais "fofinho" da primeira. Por falar nela, chegou ao Brasil em 2003, dois anos depois de ser apresentado no Japão. Apesar de não ter chegado ao mercado com a proposta de ser um veículo de entrada ou de volume, o Fit, até 2018, quando completou 15 anos de mercado, já havia vendido mais de 545 mil unidades.
EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA
PRÓS E CONTRAS
QUAL VERSÃO COMPRAR?
DESEMPENHO
Não espere desempenho possante do Honda, mas há uma diferença perceptível entre o 1.4 e o 1.5. Quando chegou, com motor de menor litragem, tinha apenas 80 cv e 11,8 kgfm de torque. Dois anos depois, em 2005, o modelo ganhou o propulsor maior com 105 cv e 14,2 kgfm.
Confira o preço KBB de todas as versões do Honda Fit
Na primeira geração, o câmbio era manual ou automático do tipo CVT. Curiosamente, antes de voltar ao CVT como conhecemos agora, o Fit usou um câmbio automático com conversor de torque e cinco marchas. Talvez essa seja a configuração mais prazerosa de dirigir, já que o funcionamento das caixas continuamente variável é um tanto quanto tedioso, no entanto, se tornou consideravelmente mais gastão.
Apesar disso, em todas as versões, o Fit tem desempenho condizente com sua proposta. Não falta força na cidade, enquanto na estrada as versões 1.4 podem deixar um pouco a desejar. Porém, o grande lance do Fit é a economia de combustível e a versatilidade, que é o tema do próximo tópico.
CONFORTO INTERNO
O Fit é reconhecidamente prático. O sistema de bancos rebatíveis permite deixar o assoalho completamente plano para aumentar a capacidade do porta-malas ou levar itens mais altos e compridos, dependendo da forma como modular os bancos. O Honda ainda vai além.
Há muitos porta-objetos, até mesmo um porta-copos na saída de ar-condicionado, mantendo a bebida gelada. As portas também comportam uma boa quantidade de objetos. Dependendo da geração e versão, há um baú entre os bancos dianteiros que também leva uma quantidade relevante de objetos.
O espaço também é o forte do Fit. Cinco pessoas viajam com certo espaço no veículo. A suspensão, especialmente a dianteira, tem o curso um pouco curto demais e pode causar um pouco de desconforto. No entanto, no geral, o conjunto trabalha bem para filtrar as imperfeições do solo e garantir a estabilidade do monovolume. Porém, o monovolume é consideravelmente baixo, por esse motivo, não é difícil ver proprietários reclamando que a ponta do para-choque raspa em valetas ou saídas de lombadas.
EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA
Todo o espaço, versatilidade e conforto do Fit é descontado na hora de falar de tecnologia e equipamentos. Equipamentos importantes como controle de estabilidade e tração só foram inseridos na atual geração.
O motor, apesar de eficiente, já está defasado com relação aos concorrentes, que adotam motores pequenos turbinados. Associado ao preço consideravelmente alto, mesmo no mercado de usados, pode fazer o consumidor desanimar um pouco.
A central multimídia, equipamento também recente, não é das melhores. A resposta é lenta e a usabilidade é comprometida por diversos menus. As versões mais caras poderiam facilmente contar com painel de instrumentos digital, outra ausência notável.
PRÓS E CONTRAS
Vantagens | Desvantagens |
Espaço | Nível de equipamentos |
Praticidade | Conectividade |
Conforto | Acabamento simples |
Rede de autorizadas | Suspensão dianteira |
Dirigibilidade | Altura do solo |
QUAL VERSÃO COMPRAR?
A versão mais barata, obviamente, é a mais antiga e mais simples. Nesse caso, a DX 1.4 manual que não tem ABS. A partir da LX, com preço variando entre R$ 18 mil e R$ 22 mil o item já está disponível. Você pode consultar outras versões e gerações em nossa ferramente de preços.
De série, todos os Fit contam com direção elétrica, ar-condicionado, vidro, travas e retrovisores elétricos. Porém, se tratando de um carro com 16 anos de mercado, é bom tomar cuidado com os mais antigos.
Procure por aqueles que possuem bom histórico, comprovantes de manutenção e boa procedência, ainda que muito rodado. Por ter uma mecânica confiável, unidades com alta quilometragem ainda podem durar muitos anos. Se estiver preocupado com revenda, opte por unidades automáticas, são sempre mais buscadas.
Fique atento também às unidades a partir de 2015, já na nova geração, que perderam itens em relação ao anterior, portanto, um 2014 topo de linha pode ter ar-condicionado automático e controlador de velocidade, enquanto as 2015 não possuem esses itens.
LIVRÃO KBB - HONDA FIT G1 E G2