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Como se proteger de fraudes em compra e venda de carros

Fique sempre atento, especialmente em negócios pela internet: tem sempre alguém de olho no seu dinheiro e em formas de tirá-lo de você sem esforço

Sabe aquele papo de que a palavra crise, em chinês, é escrita pelos ideogramas de risco e de oportunidade? Ele pode ser inspirador, mas é furado como moedas chinesas. O que as crises evidenciam é que o dinheiro é curto. E que tem sempre alguém de olho no que você tem. Para se proteger dessa gente, especialmente no meio online, repleto de "amigos do alheio", conte nosso “antivírus” de fraudes automotivas. Confira-o abaixo:

Identifique bem o vendedor ou o comprador

Se há algo que a internet tem de perigoso é o anonimato. Alguém que se apresente como um rico empresário da Libéria pode ser apenas um malandro ali da esquina esperando pelo primeiro incauto a acreditar em suas histórias mirabolantes. Assim como os caras que anunciam veículos muito abaixo do preço por serem funcionários da respectiva fabricante. Não acredite em números de telefone, CNPJ ou papel timbrado: verifique-os. Tenha a certeza de estar falando com uma pessoa real pesquisando o nome do interessado ou do vendedor na internet. Se o telefone dado for de alguma empresa, ligue para outro número da mesma empresa para confirmar a história. Em suma, desconfie.

Confirme as informações do automóvel

De posse da placa do veículo ou do Renavam, quando possível, verifique se ele está em situação regular. Ao ver o carro pessoalmente, certifique-se de que a placa tem o lacre e que ele está corretamente instalado no automóvel. Confira também se os números impressos nos vidros batem com os do chassi e se não há sinais de adulteração.

Só marque de ver ou mostrar o carro em local seguro

O vendedor ou comprador parecem confiáveis? Mesmo assim, só marque de mostrar ou de ver um carro em local seguro, de preferência com algum conhecido por perto para ficar de olho se tudo corre bem.

Tenha certeza sobre a quilometragem

“Carros tombados” são mais comuns do que se pode imaginar. A expressão diz respeito a modelos que tiveram a quilometragem reduzida por adulteração no hodômetro. O desgaste dos pedais, volante e puxadores das portas normalmente denuncia a malandragem, mas vale pedir para ver os manuais de revisão ou o histórico de manutenção do veículo. Tanto para se certificar de que ele passou pelos reparos e recalls necessários quanto para verificar se a quilometragem mostrada no painel é verdadeira.

Peça uma vistoria

Além das revisões, vendedores idôneos costumam oferecer laudos de vistoria para mostrar que o carro está nas condições anunciadas. Prefira conversar com gente que se mostra honesta sobre tudo, inclusive sobre eventuais amassados ou consertos, um sinal inequívoco de boa fé.

Não entregue o veículo antes do pagamento

Se tudo tiver corrido bem nas conversas e você tiver certeza de que tanto o vendedor quanto o carro são verdadeiros, ainda assim vale se prevenir. Confira o certificado de transferência, o CRV, e só então combine com o vendedor uma forma segura de pagamento para ambas as partes. Se você for o vendedor, só assine e entregue tanto o CRV quanto o automóvel depois de o pagamento constar de sua conta corrente. Com a invenção do TED, o chamado cheque administrativo caiu em desuso. Só o aceite se puder checar com o banco se o documento é “quente”, ou seja, que não se trata de uma última tentativa de fraude.

 

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