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As formas de comprar um carro: prós e contras de cada uma

Saiba como são financiamento, consórcio e leasing e os pontos positivos e negativos de cada um deles

O processo de comprar um automóvel vai além da escolha do modelo, pesando suas desvantagens e conveniências. Existem pelo menos quatro formas principais de aquisição e cada uma delas tem os mesmos aspectos positivos e negativos a pesar. Para te ajudar a refletir sobre a melhor delas para seu caso, essa reportagem lista cada uma e suas vantagens e desvantagens.

Pagamento à vista

A forma mais óbvia de pagar alguma coisa também é a que traz menos questionamentos. Afinal, é a troca pura e simples de dinheiro por um bem.

Prós:

  • Você retira o carro quase imediatamente da loja ou concessionária, podendo utilizá-lo de pronto.

  • Com dinheiro na mão, você pode conseguir barganhar descontos.

Contras:

  • Quem tem investimentos pode perder os rendimentos da aplicação ao tirar o dinheiro para pagar o carro.

Formas de comprar um carro

Consórcio

Apontada como a segunda melhor forma de comprar um carro, o consórcio mudou bastante de perfil. O que antes era uma união de compradores para viabilizar a aquisição de um bem se transformou em negócio, com taxas altas de administração que podem igualar os custos de um financiamento honesto.

Prós:

  • Em teoria, você pagaria quase o mesmo que numa compra à vista. Ou apenas um pouco mais.

  • O prazo é longo, podendo chegar a 100 meses, em alguns casos, o que permite parcelas menores.

  • No final do plano, é frequente haver um resíduo a receber. Como uma poupança forçada.

Contras:

  • Na prática, um consórcio pode ter tantos custos embutidos que não se diferencia muito de um financiamento.

  • Quem tem urgência em pegar o carro pode ter de esperar até o final do consórcio para ter a carta de crédito. No caso do exemplo dado acima, até 100 meses, ou 8 anos e 4 meses.

  • Com os frequentes aumentos de preço dos veículos, a carta de crédito, ou mesmo o carro comprado com ela, ficam rapidamente defasados com relação ao valor que resta pagar por eles. Em outras palavras, você acabará pagando R$ 50 mil por um carro que estará valendo R$ 30 mil, por exemplo. Algo muito parecido com financiamento puro e simples.

  • Em consórcios muito longos, o modelo usado como referência de valor pode sair de linha, o que força o consorciado a escolher outra referência, normalmente mais cara.

  • A promessa de que os lances são baixos normalmente é falsa. Há casos de lances de até 80% do valor do automóvel, quantia que permitiria fazer um financiamento a “juro zero”.

  • Assim como um financiamento, exige nome limpo.

  • Além dos aumentos de preço e da desvalorização do bem, as taxas de administração também podem ser altíssimas. O antigo limite de até 12% Decreto nº 70.951/72

  • Atrasos no pagamento podem acarretar na apreensão do veículo. Nestes casos, o automóvel é vendido para quitar o contrato, normalmente a preços bem mais baixos do que os de mercado, e o cliente ainda fica devendo uma boa soma pelo carro que ele nem tem mais à disposição.

  • A alienação impede rodar com o veículo em outros países que não no Brasil. Para poder fazer isso, é preciso pedir uma autorização especial à administradora do consórcio.

Formas de comprar um carro

Financiamento

Esse é um dos modos mais utilizados pelos brasileiros para a compra de um automóvel novo ou usado. Por conta disso, tem um dos trâmites mais rápidos em concessionárias e revendas.

Prós:

  • Com o crédito aprovado, você pode começar a utilizar o carro prontamente, com a alienação do bem constando do documento.

  • Existem modalidades de juro zero, com custos baixos.

  • Para quem quer parcelas mais baixas, a modalidade mais atraente hoje é a do “financiamento balão”, que cobra uma entrada e parcela o carro em dois ou três anos, com a última parcela sendo conhecida como “balão”, ou algo em torno de 40% a 50% do valor do bem. Ao término do financiamento, o cliente ou pode pagar a parcela mais alta e ficar com o carro ou entregar seu usado para pagar a parcela balão e usar a diferença para dar entrada em um modelo novo da marca. Eventualmente com o mesmo método de financiamento.

Contras:

  • A cobrança de juros, em muitos casos, pode fazer o automóvel custar muito mais do que em uma compra à vista e mais do que em um consórcio, ainda que as diferenças em relação a este último sejam menores do que no passado.

  • Apesar de proibido, muitos revendedores e financeiras fazem uso da chamada “tabela de retorno”. Quanto mais alta for a taxa de juros imposta ao cliente, maior é o retorno, ou pagamento, que o vendedor recebe por ter concretizado o contrato.

  • Atrasos no pagamento podem acarretar na apreensão do veículo. Nestes casos, o automóvel é vendido para quitar o contrato, normalmente a preços bem mais baixos do que os de mercado, e o cliente ainda fica devendo uma boa soma pelo carro que ele nem tem mais à disposição.

  • A alienação impede rodar com o veículo em outros países que não no Brasil. Para poder fazer isso, é preciso pedir uma autorização especial à financeira.

Leasing

Modalidade mais popular de “compra” nos EUA, o leasing é a que menos se usa aqui no Brasil. Isso porque o leasing só se torna uma compra eventualmente, no final do contrato, se o cliente quiser ficar definitivamente com o automóvel. Do contrário, ele é apenas um aluguel do bem.

Prós:

  • Com período médios de 2 anos de vigência, o leasing deixa o motorista com um carro que é, teoricamente, livre de qualquer problema de desgaste.

  • Como não se trata de uma compra, mas sim de um aluguel, a mensalidade pode ser mais baixa do que um financiamento em um mesmo período. E não existe entrada.

  • O contrato já inclui custos com documentação, seguro e manutenção. Quem faz o leasing se preocupa apenas com abastecimento.

  • Ao final do contrato, basta devolver o automóvel e pegar outro, novo, com um outro contrato de leasing.

Contras:

  • Contratos de leasing impõem limites de quilometragem (normalmente 25.000 km por ano). Como um aluguel comum de carro.

  • Todo o dinheiro investido no processo se perde, já que ele não é usado como abatimento no final do contrato para adquirir o veículo, caso seja esse o interesse do cliente. Quem quiser o carro terá de pagar por ele como pagaria por um usado qualquer. Além disso, ao final do contrato, você simplesmente devolve o carro. Em um financiamento, ainda teria o bem para recuperar parte do valor empregado no processo.

  • Não há desconto caso você rode menos do que o contratado.

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