A CES, a maior feira de eletrônicos do mundo, continua aprontando das suas no mercado automotivo. Quem também promete aparecer por lá, além do Kia Niro EV, é o Fisker EMotion, um carro que já apareceu por aí, mas que agora promete sua versão de produção. Com o que será a maior revolução recente entre os veículos elétricos: baterias NCM (níquel, cobalto e manganês), também com íons de lítio, mas com maior densidade energética. Elas permitem recarga muito mais rápida do que as apenas de íons de lítio e são mais leves. Chamado de UltraPack, o pacote e baterias do EMotion tem 21.700 células cilíndricas da LG Chem e seriam capazes de entregar 200 km de autonomia com uma recarga de apenas 9 minutos. Tempo de um "pit stop" em qualquer posto de combustível atual. Totalmente carregado, o carro consegue rodar cerca de 650 km. Em outras palavras, é possível rodar quase 900 km com apenas uma parada para descanso, o que atenderá os cerca de 1% de motoristas que fazem isso com alguma regularidade.
Mais do que as baterias NCM, a Fisker promete outra revolução para o mercado de modelos elétricos: baterias de estado sólido com 2,5 vezes mais densidade energética do que as baterias de íons de lítio atuais. Elas teriam uma capacidade de entregar autonomia de mais de 800 km, com uma vantagem: recarga total em apenas 1 minuto. Ou seja, mais rápido do que abastecer o tanque de um automóvel com motor a combustão e para uma autonomia maior do que a da maioria dos carros atuais.
A tecnologia de baterias de estado sólido só estaria disponível para uso automotivo em 2023 e muita gente que acompanha de perto este mercado duvida de que a Fisker conseguirá atingir os objetivos que divulga, mas há muita gente apostando nessa tecnologia. Como a Toyota, que já anunciou que pretende vender um modelo elétrico com as novas baterias para a primeira metade dos anos 2020. Resta saber quem será o primeiro na corrida por essas baterias mais eficientes.