Com apenas 28 dias, é quase injustiça comparar fevereiro com janeiro em termos de resultados. Quando se faz a comparação certa, entre os meses de cada ano, fevereiro de 2018 foi 15,7% melhor que o de 2017, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores). Mas é na minúcia que esse dado fica realmente interessante. Enquanto o licenciamento de modelos produzidos no Brasil cresceu 14,2% nesta mesma comparação, o de modelos importados por membros da associação subiu 28,1%. Em outras palavras, a demanda represada por modelos importados não era grande apenas entre associados da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores), mas também entre quem vive de fabricar em território nacional. Esse Inovar-Auto...
Quando se observa a série história de vendas, os modelos importados por fabricantes tinham, em 2015, uma participação de 16,1% no total de licenciamentos. A média em 2017 foi de 10,9%. Neste ano, ainda apenas no começo, essa partipação já chegou a 11,7%. E a tendência é continuar a subir. A falta do Rota 2030, sob esse aspecto, é positiva, já que permite que o mercado se regule naturalmente. Fica a torcida para que o Rota 2030, quando e se for instituído, respeite essa dinâmica e não restrinja as vendas de importados, como o Inovar-Auto fez. E foi punido na OMC (Organização Mundial do Comércio) por isso.
Outros resultados positivos de fevereiro passado em relação ao mesmo mês em 2017 foram em produção, 6,2% maior, e criação de empregos, 2,5% superior. Quem decepcionou foram as exportações, que caíram 1,2%. Em termos de valor, quem segurou as pontas da indústria em exportações foram os caminhões (crescimento de 27,3%) e ônibus (27,8% a mais). Talvez pelo menor número de dias do mês. Março deve ajudar a esclarecer se foi algo apenas devido à duração de fevereiro ou se o que temos é um movimento de aumento de importações e de diminuição de vendas ao exterior.