Começou nesta terça (31) a produção em série do novo Citroën C4 Cactus em Porto Real, no Rio de Janeiro. Considerando os prazos industriais normalmente adotados, de 2 meses de produção antes da distribuição às concessionárias, o crossover deverá ser lançado por volta de outubro. O modelo, fabricado sobre a mesma plataforma do modelos pequenos da marca, a PF1, a mesma dos Peugeot 208 e 2008 e dos Citroën C3 e Aircross, finalmente coloca a Citroën no mercado de crossovers compactos com um produto competitivo. Por mais esforços que o AirCross faça, ele é uma adaptação do C3 Picasso, uma minivan.
Com 4,16 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,48 m de altura e 2,60 m de entre-eixos, o C4 Cactus é compacto por fora, mas tem entre-eixos de médio. Quase no estilo do Renault Logan. Em termos de motorização, o C4 Cactus será quase uma cópia do Peugeot 2008: terá o 1.6 16V naturalmente aspirado que equipa os modelos de entrada da PSA, com 118 cv no etanol, e o 1.6 THP, turbinado, que entrega 173 cv também com o combustível renovável. A vantagem em relação ao 2008 é que o C4 Cactus deverá oferecer o câmbio automático de 6 marchas em sua versão topo de linha. Só a de entrada deverá trazer a opção manual, de 5 marchas.
Com quase todos os dados divulgados à imprensa, resta saber o nível de equipamentos e o preço do veículo. A PSA se gaba de usar uma série de técnicas produtivas para garantir a excelência do produto, como a indústria 4.0, mas o que realmente vai contar pontos contra ou a favor do modelo é o pós-vendas da Citroën. Com menos concessionárias desde que o empresário Sergio Habib se divorciou da marca que ajudou a trazer ao Brasil, a Citroën precisa de uma melhoria urgente de reputação no Brasil.