A Petrobras anunciou nesta quinta (21) um novo aumento nos preços dos combustíveis. Gasolina e diesel ficarão respectivamente 1,1% e 1,4% mais caros para as refinarias, mas um levantamento da KBB nos valores históricos da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostra que os aumentos acumulados de julho para cá já somam reajustes de 14,1% sem contar o aumento mais recente, ainda não refletido nos preços da ANP. Julho foi o mês em que a Petrobras resolveu adotar valores flutuantes, que reflitam a realidade internacional dos preços do petróleo. Curiosamente, outro levantamento, do preço do barril de petróleo, mostra que a commodity há subiu 30,64%. Em outras palavras, a Petrobras anda repassando ao consumidor valores menores do que os que é obrigada a pagar.
Isso provavelmente acontece por pressão do Ministério da Fazenda e do Banco Central, para que os preços dos combustíveis não afetem negativamente a inflação, mas não é nada nem remotamente parecido com o tabelamento de preços realizado pelo governo Dilma Roussef, que acabou causando o grande endividamento do qual a petroleira ainda se recupera. Apesar de aumentos não serem nunca algo bem-vindo, vale o contexto. Se o preço do combustível está alto, isso se deve mais aos impostos cobrados sobre ele do que necessariamente às oscilações no preço do petróleo. Que já poderiam ter feito o brasileiro desistir de dirigir, se levarmos em conta os valores internacionais do barril Brent.