Acabou o mistério em torno da morte de Elaine Herzberg, a primeira vítima fatal de um carro autônomo. O problema, de acordo com o site The Information, teria acontecido porque o software do sistema autônomo do Uber, que detectou Herzberg atravessando a via, decidiu não fazer nada com relação aos dados. Isso porque ele teria interpretado a presença da pedestre como um "falso positivo". E decidido continuar em frente. Em outras palavras, o software teria optado por matar Herzberg.
Tudo teria acontecido, segundo a reportagem, porque os autônomos teriam um tipo de condução muito mais cansativa do que motoristas comuns. Se eles tivessem de parar para cada coisa que detectassem nas vias, como lixo ou sacos plásticos voando, por exemplo, iam frear e voltar a acelerar diversas vezes, o que afetaria não só o conforto dos passageiros, mas também a dinâmica das vias em que eles circulassem. Um estudo da Bosch já relatou que autônomos em meio a motoristas comuns tenderiam a criar engarrafamentos pela forma mais cautelosa com que teriam de "dirigir".
Se a informação for confirmada, os fornecedores dos sistemas de detecção ficarão livres de responsabilidade, que recairia completamente sobre quem desenvolveu o software. Em outras palavras, sobre o Uber, que desligou os sistemas original de prevenção de acidentes do Volvo XC90. Eles, sozinhos, poderiam ter evitado o atropelamento do vídeo acima. O Uber também contratou a motorista Rafaela Vasquez, de 44 anos, que poderia ter evitado o acidente se tivesse atuado em vez de estar no telefone celular. Uma sucessão de infortúnios que custaram a vida de uma pessoa e abalaram o bom ritmo de desenvolvimento que os veículos autônomos vinham tendo.