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Ford Escort XR3 Conversível: a história do esportivo nacional que marcou época no Brasil

O Ford Escort XR3 Conversível marcou uma geração e se tornou um dos carros mais icônicos da indústria automotiva brasileira. Lançado em 1985, foi o primeiro conversível nacional produzido com o aval de uma grande montadora, em parceria com a Karmann Ghia. Com visual esportivo, capota de lona importada e acabamento refinado, o modelo conquistou o público jovem e entusiasta, tornando-se símbolo de status e inovação.

A História do Ford Escort XR3 Conversível  
 
 
Ford Escort XR3 Conversível no Brasil 

 
O Ford Escort XR3 conversível surgiu no Brasil em 1985 como uma versão inédita e muito desejada do popular modelo Escort. Produzido em parceria com a Karmann Ghia do Brasil Projetos Especiais, localizada em São Bernardo do Campo, SP, foi o primeiro conversível nacional produzido com o aval de uma grande fabricante automobilística. Antes dele, o único conversível fabricado no Brasil era o Volkswagen Karmann Ghia, em produção até 1971. O modelo XR3 cabriolet tinha como base o Escort MK3 e inicialmente utilizava o motor CHT 1.6L da Ford, um motor robusto, porém limitado em desempenho para a proposta esportiva.​ 
 
O processo de fabricação envolvia uma complexa logística industrial, o monobloco do carro era enviado da Ford para a Karmann, onde ganhava reforços estruturais indispensáveis para a versão conversível, depois voltava para a Ford para receber proteção anticorrosiva, pintura e início da montagem e finalmente, retornava à Karmann Ghia para receber acabamento final, montagem da capota conversível importada da Alemanha e todos os detalhes internos. Isso resultava em um carro mais pesado (cerca de 70 kg a mais em relação ao cupê) e muito bem acabado para a época, com cerca de 350 peças a mais na configuração conversível.​ 

 
Evoluções e Melhorias ao Longo dos Anos 

 
O Escort XR3 conversível passou por algumas atualizações significativas durante sua produção. Em 1987, houve uma reestilização geral do Escort, baseada na linha europeia, que trouxe para-choques envolventes, novas lanternas traseiras, melhor acabamento interno e mudanças visuais para conferir modernidade e esportividade. O XR3 acompanhou essas mudanças, adicionando vidros elétricos e uma pequena melhora na potência do motor, que passou a entregar 86 cv. Os faróis de neblina foram retirados do para-choque, permanecendo apenas os de milha.​   
 
O maior salto técnico veio em 1989, com a fusão entre Ford e Volkswagen na América Latina, a holding Autolatina. Essa parceria permitiu a adoção do motor Volkswagen AP 1.8L no Escort XR3, que elevou o desempenho para 99 cavalos, além de trazer um câmbio do Golf alemão, resultando em acelerações mais eficazes e retomadas melhores. A capota passou a ter acionamento eletro hidráulico, proporcionando conforto e facilidade ao usuário. Ainda em 1991, o Escort ganhou a versão Guarujá, um sedã de quatro portas com motor 1.8, mas essa versão não teve sucesso por ser fabricada na Argentina, que na época não tinha boa reputação em qualidade automotiva.​ 

Em 1993, foi lançada a nova geração do Escort com uma versão conversível equipada com motor AP 2.0i, mais moderno e eficiente, mas mantendo o estilo clássico do XR3. Essa versão marcou o auge tecnológico do modelo até o fim da sua produção em 1996, quando a Autolatina foi desfeita.​ 
 
Vendas e Relevância no Mercado Brasileiro 

 
O Ford Escort XR3 conversível rapidamente conquistou status de carro desejado no mercado brasileiro por seu visual esportivo e exclusividade. Era um dos carros nacionais mais caros e prestigiados da época, representando um sonho para muitos jovens e aficionados por conversíveis. Embora sua linha de produção fosse limitada e o processo industrial trabalhoso, cerca de milhares de unidades foram vendidas entre 1985 e 1996, percentual considerável para um nicho tão específico e diferente do perfil médio dos consumidores brasileiros, que não têm forte tradição com carros abertos e conversíveis. 

Apesar do sucesso entre entusiastas e fãs da Ford, o mercado nacional de conversíveis sempre foi restrito, o que levou a produção ao fim em meados dos anos 90. O Escort XR3 contribuiu para agregar valor à marca Ford e consolidar sua imagem como fabricante de modelos esportivos e inovadores no país.​ 
 

Encerramento e Legado 

A produção do Ford Escort XR3 conversível terminou em 1996 e apesar de ter saído de linha há quase 40 anos, o modelo mantém forte presença na memória afetiva dos entusiastas automobilísticos brasileiros. Hoje, o XR3 conversível é altamente valorizado em coleções e encontros de carros clássicos, símbolo do pioneirismo da Ford no Brasil em oferecer um carro nacional esportivo e aberto com qualidade industrial. 

Sua história evidencia a ousadia da indústria automobilística brasileira dos anos 1980, que apesar das limitações econômicas e tecnológicas, conseguiu produzir um modelo que unia estilo, esportividade e inovação. O Escort XR3 conversível é uma peça importante da cultura automotiva nacional e referência em design e engenharia para conversíveis produzidos no país. 

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